Luís Sottomayor – Está com cor rubi e algumas nuances atijoladas. O aroma revela sobretudo uma tensão que nos faz parar e pensar. Começamos por encontrar frutos do bosque, com algumas notas arbustivas. Depois aparece a turfa, o sous bois, umas ligeiras notas de barro que lhe aumentam a complexidade e ainda alguma madeira que o tornam ainda mais harmonioso e elegante. Na boca, tem muita densidade, com acidez vibrante e bem marcada, com os taninos finos. Acho que escolhia uma chanfana para acompanhar este vinho. Sandra tavares da Silva – um vinho que me impressiona pela delicadeza, logo a começar pela cor, de um rubi aberto mas a sugerir evolução e complexidade. Os aromas são muito finos, com elementos que fazem lembrar terra, como o musgo e a turfa. Tem também frutos do bosque a contribuir para a sensação de frescura. Na boca, continua a mostrar a sua delicadeza, mas com uma excelente estrutura de taninos. Penso que é um grande exemplo de um Baga clássico com muito potencial de envelhecimento e gastronómico. Sei que não é fácil encontrá-las, mas bebia-o a acompanhar uma galinhola.